Homens "en pointe"

Dançar na ponta, no ballet, é subir até as pontas dos dedos, de modo que o peso do corpo se concentra totalmente na pequena área. Para se dançar na ponta, geralmente usamos sapatilhas especiais, que são substancialmente reforçadas. Embora sendo muito pouco, os homens de fato dançam na ponta ocasionalmente. Esta é de longe a exceção e não a regra geral; no entanto, existe um número de razões para isto.

Dançar na ponta dos pés a princípio tornou-se popular na década de 1830, e foi usado mais frequentemente no ballet romântico. O olhar de uma bailarina quando ela está na ponta é para ser considerado algo de outro mundo, transmitindo a forma etérea da suavidade feminina, reforçando os movimentos leves e graciosos já presentes no ballet romântico. Os bailarinos não estão destinados a abranger este ideal com a mesma extensão e, portanto, não é necessário fazer com que dancem “en pointe”.

Preparar o corpo para dançar na ponta dos pés é uma prova bastante difícil. A maioria das bailarinas leva pelo menos alguns anos de prática regular antes de serem consideradas aptas para dançar na ponta. 

Se alguém desconsiderar o peso como desculpa, não há realmente nenhuma boa razão para que mais homens não dancem na ponta. O consenso geral é que não se vê mais homens bailarinos subindo sobre seus dedos do pé porque simplesmente os coreógrafos não criam composições desta forma para eles.

Há algumas exceções para isso em algumas produções de “Cinderela”, e também, na adaptação de Sir Frederick Ashton em “Sonho de uma Noite de Verão”, onde o personagem Bottom (que personifica um burro) dança nas pontas como que representando os seus cascos.

Outra exceção notável é o corpo de ballet masculino do “Les Ballets Trockadero”, de Monte Carlo, em que um número grande de bailarinos homens usa os figurinos da bailarina e dançam tudo o que se relaciona a papéis e variações e femininas. Como a companhia se concentra principalmente em ballet clássico e romântico, isso significa que a maioria de seus shows apresenta muitos bailarinos masculinos dançando “en pointe”. Embora a companhia tenha a paródia do ballet como seu carro- chefe, a excelência técnica dos bailarinos é sem dúvida alguma, formidável.